[ Conforme comecei no post "Meia verdade é mentira inteira", reduzir o problema da islamização da Europa ao Islã, é esquecer todos os outros agentes que levaram a este problema, e desta forma nao querer realmente resolver o problema. Não vou elaborar, mas colocarei varios textos. Posso não concordar completamente com alguns dos textos, mas devem servir para mostrar a amplitude do problema, e incentivar ulteriores pesquisas dos leitores. ]
Declaração do principal conselheiro no Foreign Office após Churchill ter tomado o poder:
“Nós estamos em guerra não para derrubar o Nazismo, não para derrubar Hitler, nós conduzimos uma guerra não para enterrar o fascismo, mas sim fazemos guerra apenas para enterrar a Alemanha. Nós queremos que esta potência na Europa esteja destruída para sempre.”
[ Mostrando o texto acima a preocupação maior, desde as guerras mundiais, que é de não ter uma Europa forte - isto se alinha com a agenda de multiculturalismo que veio depois, a insistência dos EUA de colocar a Turquia na OTAN, na comunidade europeia, atacar a Sérvia favorecendo o islâmico Kosovo, etc. ]
É fundamental, por isso, perceber as hierarquias do problema e subalternizar a crítica da islamização europeia à crítica, mais ampla, da imigração desregrada. Se isso não for feito, o resultado não será apenas a confusão doutrinária no interior dos movimentos nacionalistas mas também a confusão – para o exterior – com determinadas forças que são contra a islamização da Europa mas que, ao mesmo tempo, são indiferentes à defesa da identidade integral europeia…isto quando não lhe são manifestamente adversas.
Os riscos que advêm daqui são múltiplos: erros de análise na distinção entre amigos e inimigos, desencaminhamento de militantes, atracção de outros pelas razões erradas, desacerto nas batalhas a travar e no objectivo a atingir, etc.
Se o combate à imigração e o combate ao islão não forem devidamente enquadrados e hierarquizados, caminhar-se-á progressivamente para uma “reductio ad islam” que resultará em achar que esse é o combate central e que, findo esse, os objectivos estão alcançados. Dessa forma, mesmo para aqueles que conseguissem entender que o problema do islão na Europa provém sobretudo do problema da imigração, a solução seria, quanto muito, a mera redução da imigração islâmica, sem mais considerações contra as outras proveniências dos movimentos migrantes.
Recordamo-nos do presidente Pompidou reconhecendo, pouco antes da sua morte, que havia aberto as válvulas da imigração a pedido dos grandes patrões, desejosos de poder beneficiar de uma mão-de-obra numerosa, dócil e barata, de uma reserva quase inesgotável em condições de reduzir as reivindicações dos trabalhadores.
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Aos pensadores da hegemonia global norte-americana interessa uma Europa assente num modelo globalizado e multicultural, desde que não exista o risco de islamização. Isto porque o Islão é hoje uma das grandes forças de resistência à geopolítica global do Império norte-mericano. Aos EUA interessa uma Europa que se insira na lógica do que é o modelo societário dos EUA, em que o mercado global acaba por ser o único delineador de identidades, um mundo em que as pessoas são antes de tudo produtores e consumidores, de individualismo radical, em que a economia determina os valores. A islamização do continente europeu não representaria apenas uma ameaça à geopolítica global e ao poderio militar norte-americano, mas também uma ameaça à lógica mercantilista do seu modelo de sociedade. Conclusão: Também nalguns sectores políticos estado-unidenses
existem os que lutam contra a islamização da Europa, mas também esses são ferozes inimigos da identidade europeia.
http://ofogodavontade.wordpress.com/2010/01/31/sobre-o-discurso-contra-a-islamizacao-da-europa/