A mídia está apresentando um belo evento de "democracia e liberdade" ou está sendo cúmplice de mais um genocídio?
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Palavras: líbia + "primavera árabe" em 9/9/2011 no Google
Versão "oficial":
"Os líbios estão livres! A batalha por Trípoli encerra um dos mais importantes capítulos do que se convencionou chamar de Primavera Árabe – o movimento contra regimes autoritários que desde o início do ano sacode o Oriente Médioe parte da África e já colocou por terra sistemas absolutistas que estavam em vigor na Tunísia, no Egito e no Iêmen. Muamar Kadafi , chamado por alguns de "cachorro louco", vinha nos últimos tempos ameaçando seu povo com um banho de sangue, caso não cessassem os protestos. "
As 72 bandeiras monocromáticas erguidas na Praça Verde, símbolo da era Muamar Kadafi, pareciam até a semana passada ignorar os fortes ventos de liberdade soprados pela Primavera Árabe. No centro de Trípoli, a capital da Líbia, a praça havia se tornado o principal palco de apoio ao regime totalitário.
Outras versões:
"Enviar pirómanos para extinguir um incêndio, queimar a floresta para salvar as árvores, bombardear a população para poupar civis, lançar campanhas de terror em nome do combate contra o terrorismo, promover a democracia apoiando ditadores, monarquias, terroristas e outros gangsters de toda espécie... a lógica dos dirigentes ocidentais é imparável.
Durante este tempo, a organização dos media de massa bombardeia as consciências até obter a sua rendição. E é assim que você acorda um dia com o sentimento de que sempre foi favorável às privatizações. Com a crença de que os Taliban sempre foram nossos inimigos. Que esta Europa é a única que vale a pena. Que você compreende muito bem que não se poderá pagar vossa aposentadoria. E que a OTAN é uma espécie de serviço internacional de ambulâncias."
Durante este tempo, a organização dos media de massa bombardeia as consciências até obter a sua rendição. E é assim que você acorda um dia com o sentimento de que sempre foi favorável às privatizações. Com a crença de que os Taliban sempre foram nossos inimigos. Que esta Europa é a única que vale a pena. Que você compreende muito bem que não se poderá pagar vossa aposentadoria. E que a OTAN é uma espécie de serviço internacional de ambulâncias."
Neste sentido, ficou claro que desde o início da ofensiva da NATO, em Março, o único objectivo com as resoluções 1970 e 1973 do Conselho de Segurança da ONU era promover o "regime change" na Líbia. Não é, contudo, menos verdade que muitos são os líbios contra o regime, considerado opressivo. Mas os últimos desenvolvimentos deixaram "a nu" que, para além da alegada defesa dos civis líbios, Paris, Londres e Washington visavam um propósito maior.
Petróleo francês- Quando a rebelião iniciou na Líbia, Kadafi expulsou as companhias petrolíferas francesas que exploravam o valioso petróleo líbio. Kadafi ameaçou entregar a exploração à China, Malásia, Índia e Rússia, ameaça que se revelou um erro estratégico que precipitou a sua queda.
Segundo uma TV francesa citada pelo "Expresso", Paris já garantiu com os rebeldes do CNT 35% do petróleo da Líbia e que o grupo Total já começou a assinar contratos. "Um terço dos ataques da NATO contra Kadafi, um terço do petróleo". Foi nestes termos que o canal de informação permanente, I-Télé (grupo Canal Plus), anunciou ontem o referido acordo. A França estaria deste modo a "cobrar" o apoio decisivo que deu à revolta e ao CNT, cuja legitimidade foi aliás o primeiro país do mundo a reconhecer. Segundo diversos media franceses, "Viva a Sarkozy" é uma das palavras de ordem mais ouvidas em Benghazi, capital das primeiras "zonas libertadas" no início dos ataques internacionais contra o regime do coronel Kadafi.
http://www.youtube.com/watch?v=I9V5eEdaBvU (TELESUR)
Segundo uma TV francesa citada pelo "Expresso", Paris já garantiu com os rebeldes do CNT 35% do petróleo da Líbia e que o grupo Total já começou a assinar contratos. "Um terço dos ataques da NATO contra Kadafi, um terço do petróleo". Foi nestes termos que o canal de informação permanente, I-Télé (grupo Canal Plus), anunciou ontem o referido acordo. A França estaria deste modo a "cobrar" o apoio decisivo que deu à revolta e ao CNT, cuja legitimidade foi aliás o primeiro país do mundo a reconhecer. Segundo diversos media franceses, "Viva a Sarkozy" é uma das palavras de ordem mais ouvidas em Benghazi, capital das primeiras "zonas libertadas" no início dos ataques internacionais contra o regime do coronel Kadafi.
http://www.youtube.com/watch?v=I9V5eEdaBvU (TELESUR)
Diz-se que na guerra a primeira vitima é a verdade. As operações militares na Líbia e a resolução 1973 que lhes serve de base jurídica não são a exceção da regra. São apresentadas ao publico como necessárias para proteger a população civil vitima da repressão indiscriminada do Coronel Kadafi. Na verdade os objetivos são clássicos do imperialismo.
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