Quando se indagam as causas das odiernas ruínas, frente as quais a humanidade que as considera fica perplexa, se ouve não raramente afirmar que o Cristianismo faliu em sua missão. De quem e de onde vem tal acusação? Seria daqueles apóstolos, glória de Cristo, daqueles eróicos zeladores da fé e da justiça, daqueles pastores e sacerdotes, araldos do Cristianismo, os quais através perseguições e martírios enobreceram a barbárie e a prostraram devota ao altar de Cristo, iniciaram a civilização cristã, salvaram as relíquias da sabedoria e da arte de Atenas e de Roma, juntaram os povos no nome cristão, difundiram o saber e a virtude, elevaram a cruz sobre os pináculos aéreos e as voltas das catedrais, imagens do céu, monumentos de fé e de piedade, que ainda erguem a cabeça venerando entre as ruínas da Europa?
A missão do Cristianismo
Não: o Cristianismo, cuja força deriva de Aquele que é via, verdade e vida, e está e estará com este até a consumação dos séculos, não faliu em sua missão; mas os homens se rebelaram ao Cristianismo verdadeiro e fiel a Cristo e a sua doutrina; forjaram um cristianismo a seu talento, um novo ídolo que não salva, que não repugna às paixões da concupiscência da carne, à avidez do ouro e da prata que fascina o olho, à soberba da vida; uma nova religião sem alma ou uma alma sem religião, uma máscara de morto cristianismo, sem o espírito de Cristo; e ainda proclamam que o Cristianismo faliu em sua missão. (...)
RADIOMESSAGGIO DEL NATALE 1941
SULLE BASI DI UNA PACE GIUSTA E DURATURA – PAPA PIO XII
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